25 junho, 2007

Memória RAM, a epopéia

Todos sabemos dos ganhos fantásticos de performance quando aumentamos a memória RAM de nossos estimados computadores. O que quase ninguém sabe, porque ninguém teve coragem de testar, é como isso se dá na prática de verdade. Em um lampejo quase gonzo, este blog foi mais fundo nessa história de memória RAM e fez uma análise em 3 etapas:

PREMISSA
Um giga de memória RAM não é pouca bosta.

HIPÓTESE
Com tanta memória assim, podemos abrir e usar muitos softwares ao mesmo tempo.

FATOS
Com um giga de memória RAM, podemos (antes de explodir o sistema):

Executar 1.200 Blocos de Notas;
Executar 890 Paints;
Executar 5.200 Calculadoras do Windows;
Executar 2.000 Paciência Spider;
Executar 01 Internet Explorer 7;

Escrever um texto no Word usando fonte corpo 9.000;
Tratar 175 imagens em 300 dpi no Photoshop;
Diagramar o Antigo Testamento no Pagemaker, com imagens;

Conversar no Messenger E jogar em 15 MMORPG à escolha;
Conversar no Messnger E mexer no AutoCAD sem vomitar;
Conversar no Messenger com 1.500 contatos abertos;

Assistir 01 filme com Mark Dacascos;
Assistir 0,4 comédias românticas com Michael Keaton;

Postar no Blogger.



RAM Sabores, da esquerda para a direita:
chocolate, baunilha, morango, damasco e frutas silvestres.

Marcadores:

20 junho, 2007

Notas Recicláveis

Segundo uma pesquisa realizada há mais de quinze anos, 90% das pessoas que trabalham em lojas de conveniência lêem apenas o primeiro post (ou o último, depende da perspectiva) quando apresentadas a um novo blog. Em função disso, o matemático Oswald de Souza me alertou para postar em dias alternados, não mais todos os dias, e assim o farei.



Os livros de hoje estão cada vez mais sofisticados. Capa dupla, metalizada, caixinha pra guardar, formato diferente, papel exótico, tipologia de vanguarda. Mas as circustâncias me obrigaram a adotar critérios ortodoxos para com estes produtos. Se em sete segundos eu não conseguir abrir o livro, devolvo imediatamente à prateleira e considero um projeto perdido.


Se todos os motéis do Brasil trocassem de nome com todos os despachantes, teríamos uma situação bem interessante, acho eu. “Motel Silveira” e “Despachante Te Quero Agora”. Reflitamos.


A partir de amanhã, os bancos não mais aceitarão descontar cheques-gigantes. Se você ganhou algum tipo de prêmio dessa natureza, terá que negociar com seus beneficiários.


Marcadores:

18 junho, 2007

Operando por instrumentos

Informações sobre aeroportos são quase sempre muito vagas. “Ficou fechado por duas horas, devido ao forte nevoeiro”. FECHADO? Ninguém entra e ninguém sai? E se eu quiser usar o banheiro? Algum free shop? Ah, tem nevoeiro dentro do saguão? NÃO? E por aí vai, com os âncoras dos telejornais tomados pela ânsia em confundir passageiros.

Mas o pior de tudo são os tais instrumentos. Quando um aeroporto qualquer passa por alguma situação complicada, sempre algum outro por perto fica na defensiva e passa a operar por instrumentos. “Guarulhos está FECHADO? Galera, peguem seus instrumentos, porque o bicho vai pegar aqui em Congonhas”.

Caro amigo de Congonhas, que raio de instrumentos são esses?

O autor da frase não quis se identificar, mas deu uma entrevista exclusiva, inédita e fake, na qual explica com minúcias o esquema dos aeroportos. Cada funcionário de um aeroporto possui um instrumento, que varia de acordo com sua habilidade e poder econômico, já que os custos não são cobertos pela Infraero. F.G., 44 anos e 20 de serviço em Congonhas, tem uma Fender que maneja com maestria. “Em dia de muito nevoeiro, só não pode tocar Jimi Hendrix porque o comandante não curte rock desse tipo”. Ele refere-se ao Comandante K., que exibe orgulhoso seu sintetizador, dentro de sua sala de comando. “Daqui só sai progressivo”, conta.

A entrevista fake foi subitamente interrompida por um alerta de chuva forte, os ânimos se exaltaram e dois passageiros da Gol escorregaram no piso do saguão de Congonhas (reconhecidamente o mais limpo do Brasil). Mas logo tudo ficou calmo quando chegaram os funcionários com seus instrumentos em punho, fazendo rodinha e tocando “More Than Words”, devidamente registrada por algum passageiro desocupado:

Marcadores:

QUASE



Instrução:
Respirar fundo.


Marcadores:

15 junho, 2007

Novas fotos de blogs não-identificados

Depois da Web 2.0 e das técnicas para o uso de negrito em frases importantes, não sei mais o que esperar. Imagens valem mais quem mil posts:



Lima, 05 de Maio de 2007 - Apesar da má qualidade da foto, percebe-se claramente ao fundo a Cordilheira dos Andes e uma pasta-arquivo gigante, à direita. O objeto metálico no centro é um blog alienígena, muito provavelmente em busca de usuários que comentem em línguas intergaláticas. Fotógrafo desconhecido.



Bosque Municipal de Onda Verde/SP, 31 de maio de 2007 - O Império dos Rolamentos fica a muitos anos-luz de distância da Via Láctea, mas resolveram marcar presença no planetico de Gaia e mandaram um blog dos mais impressionantes já vistos. Chuta-se que seja feito de aço inoxidável e resista a crashs sucessivos em servidores. Fotógrafo desinencial (ou oculto).



Pasadeña, 01 de junho de 2007 - Este blog impressiona pela semelhança com os modelos terrestres mais avançados. Imaginou-se, de início, que seria um treinamento de blogs do exército americano, mas logo descartou-se a idéia. Uma análise profunda dos blogólogos indicou que este blog possui uma URL agradável e mais de dois bilhões de templates disponíveis. Fotógrafo: Sebastião Salgado.

Marcadores:

13 junho, 2007

Vida Onírica 3: Futsal e a Enguia Elétrica

Praticar esportes nunca foi meu objetivo de vida, tampouco me gera satisfação suficiente. Mesmo assim, eu estava convicto a aprender a jogar futsal. O aprendizado foi nulo, ou apenas indolor: em poucos segundos eu já tinha uniforme, posição em campo e um time que confiava em mim. Começou o jogo, e eu chutava a bola a esmo, fazendo-a bater em pilares e paredes que antes não existiam tão reais, e milagrosamente entrar no gol. Naquela hora, eu já estava de saco cheio de jogar e fui passear pelo lugar, com muitas piscinas cheias de peixes. Uma enguia elétrica com ares de sucuri tentou me arrancar a cabeça em um bote raivoso, mas escapei. Um segundo depois, me empurravam numa piscina com mais de 50m de profundidade. Não sabia nadar, e demorei sete minutos para voltar à tona. Com fôlego.

Acordei.


O esquema tático estava bem claro pra mim.

Marcadores:

12 junho, 2007

Dia do Moleton

Doze de junho é um daqueles dias em que se comemoram, ou são dedicados a duas coisas. Para os comprometidos, fisgados, juntados e mais 512 adjetivos (segundo o Houaiss, que é 700g mais pesado que o Aurélio), hoje é o Dia dos Namorados. Os solteiros, livres, free-spirit que se encontram em estado de não tanta graça, comemoram hoje o Dia do Moleton.

Para os que se classificam dessa maneira:

Não vá ao trabalho, não vá à aula. Faça muito café forte. Pegue no seu guarda-roupa aquele conjunto moleton calça-blusa, com estampas em vermelho "University of Columbia" e seja feliz (triste) dentro de casa. Se fizer calor, use a blusa por cima, com as mangas de modo a envolver o pescoço, à la Dedé Santana. Não assista TV. Não atenda à porta. O telefone, ok. Leia gibi, muito gibi. E espere o dia acabar.


Tente não fazer isso.

Marcadores:

11 junho, 2007

Eu Confundo

Joe Pesci com Danni DeVito

Marcadores:

10 junho, 2007

Tira do Laerte tombada pela UNESCO


Marcadores:

09 junho, 2007

Vida Onírica 2: Perseguição

Parece que havia um grande filme estreando no cinema, e todos meus amigos iriam ver naquela noite. Antes de sair de casa, porém, vejo na TV um avião sem asas caindo e espatifando-se bem em cima do meu bairro. Decidido a ir ao cinema mesmo assim, saio de casa e fico no aguardo por alguma coisa importante em cima da marquise de um prédio. Então vejo, ao vivo, outro avião sem asas cair no chão a poucas quadras de mim. Acontece então que o grande jato começa a “empurrar” as quadras como se fosse móveis da sala e a me perseguir. Estou num jogo de videogame, onde tenho que escapar do avião insano, saltar telhados de sapé, para finalmente encontrar minha mãe e meus amigos no cinema. Havia uma forte moral nisso tudo, mas eu nem me preocupei em anotar naquela hora.

Acordei.

Marcadores:

500 pela bunda

Lourenço, claro, é uma daquelas pessoas que quando morre, vai para o inferno. E não é que a previsão dá certo? Em um simbolismo mais ou menos óbvio, ele busca em agonia pelo ralo que, como o próprio personagem afirmou durante o filme, é um portal para o andar de baixo. Merecidamente, todos pensarão, Lourenço foi para o inferno e assim termina um ótimo filme de pessoas que vão para o inferno. Uma categoria à parte.

Trinta estudantes de semiótica estão, nesse momento, tentanto inferir significantes e significados ao fato de Selton Mello/Lourenço andar curvado. Uma alegoria performática simples, que eu identifico apenas como má-postura. Lourenço é um cara bem vazio e raso, e isso não é um defeito da personagem. Ele tem a profundidade de sua caixinha de dinheiro: é o que pode comprar.

Em “O Cheiro do Ralo” são as coisas que fazem estrela. Uma bunda e um ralo, basicamente. A bunda ele deseja mas não pode comprar, e o ralo malcheiroso ele não quer consertar. Para os convites na gráfica ele não liga mais, mas ama seu pai: um olho de vidro e uma perna mecânica. Respectivamente, as contrapartes do fantástico mundo dos conceitos: necessidade, lado negro da Força, casamento e história que não existe.

Quando termina, deixa todos pensativos. Como seriam as citações de grandes veículos de imprensa estampadas na caixa do DVD?

“O Cheiro do Ralo é ótimo”.

E a vida é dura.

Marcadores:

08 junho, 2007

Vida Onírica 1: Na chuva e sem toalha

Enquanto chovia torrencialmente na cidade inteira, eu estava dentro de um banheiro minúsculo, em frente à praça da igreja do meu bairro. Vendado, eu tentava urinar com certo insucesso enquanto observava o mecanismo da descarga construído de maneira rústica pelo meu pai algum tempo antes. Ao mesmo tempo, um colega da faculdade discutia com outro não tão colega assim, mas também da faculdade, sobre as possibilidades de que este lhe ensinasse a nadar contra a correnteza fortíssima que havia se formado na rua de cima de minha casa. Sim, por causa da chuva.

Acordei.

Marcadores:

Com-que-tel?

O coquetel de lançamento do Blog Que Eu Achei No Lixo foi um estrondoso sucesso. Segundo cálculos da Polícia Militar, mais de quatro pessoas brindaram à meia noite de domingo retrasado, desejando feliz natal e próspero ano novo a qualquer um que passasse na calçada.

A cerveja foi fabricada na hora, com água especial e lúpulo comprado na feira. Um dos mais lindos momentos foi registrado pelas lentes de Sebastião Salgado:

Momentos de camaradagem excessiva, a níveis emo, foram vislumbrados por qualquer um que passasse por ali. Algumas pessoas foram contaminadas pela alegria e entraram de biconas na festa, mesmo não estando totalmente a rigor, como exigia o convite do coquetel.

Algumas pessoas foram flagradas tentando ler certidões de nascimento em voz alta, mas foram devidamente repreendidos por um batalhão de choque qualquer. Em alguns países do leste europeu, essa é uma prática comum em coquetéis, além de remunerável.

Por fim, a mais grata surpresa. Vida longa ao Blog!

Marcadores: